Entre sem bater...
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quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Come ananás, mastiga perdiz.
Teu dia está prestes, burguês.

MAIAKÓVSKI

terça-feira, 13 de novembro de 2007



Grita a vida que se fez
c/alada nos terraços

GILSON CAVALCANTE
poemante@hotmail.com

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Gilson é poeta tocantinense e tem alguns livros publicados,
entre eles REINVENTÁRIO DA PAISAGEM
(Ensaio da Lógica Antropoética) / Saccada Editora - 1995

sábado, 10 de novembro de 2007

garçom, mais uma dose
coração doendo

de amor e arteriosclerose

PAULO LEMINSKI



Reprodução de um poema do livro ACERTO DE CONTAS, de Antonio Rezende, que faz e declama versos por necessidade e teimosia. O bardo também é chegado em prosa besta (http://lorotaboa.zip.net) e fotografia (www.olhares.com/rezende)

FLUXO

som sobre som
o sol calcifica o ruído da pedra
o sonho permanece intacto


poema do livro ALGUMA TRILHA ALÉM, de EDUARDO JÚLIO.
Eduardo é fotógrafo e
jornalista.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007


A ponte
sem água
exibe os
fundos do mar

Vai zio
um ônibus
atrás versa
imagens cotidianas

No foi-se
do sol
a lua
espera a sua vez

E
por acaso
contemplas
a fina tarde
e meus alardes de adeus

GARRONE
raimundogarrone@uol.com.br

Garrone é jornalista, curte estrada e arrisca uns versos.
Foto: panorâmica do Rio Anil na maré baixa em São Luís - MA. / Rezende

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

ORAÇÃO PELA AMNÉSIA


talvez
o que me escape
seja o que mais salte
em mim

sabe lá
se o que eu não veja
reze pelos meus cantos
assim seja

portanto
o que me fuja da memória
à revelia
revele minha história

que nem eu saiba mais enfim
se sou eu que ando por aí
em carne osso coração e mente
ou se é meu fantasma demente
rindo de todo mundo
e de mim

FERNANDO ABREU

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Poema do livro Relatos do Escambau
Musicado por Chico César
Foto: um auto-retrato / Rezende
escambau@hotmail.com

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

MANTENHA DISTÂNCIA

A poesia é uma droga alucinatória
mais forte que o LSD e o poder.
Só deve ser usada contra o real.
Causa ao viciado - deliriuns tremens,
desprezo da sociedade & a pena capital.
Perigo. Perigo. Perigo.
Mantenha distância do poema.
Evite o primeiro verso.

LUIS AUGUSTO CASSAS

Poema do livro ROSEBUD, 1990.
Cassas é poeta dos bons e tem um patuá de livros publicados